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Nessas, eu me torturo em dúvidas e ansiedades: que projetos dar preferência? Ao que me dedico? O que foi apenas sonho de infância? O que é a realidade da vida adulta? Existe diferença entre os dois? Podemos ganhar dinheiro e ser felizes? Podemos ganhar dinheiro e ponto, pra começo de conversa?
E então eu me dou conta… Conta de como somos pequenos! De como nosso dia a dia é limitado, de como nossas horas são escassas, de como os resultados estão pouquíssimo ligados às expectativas que criamos. De como é difícil dedicar 02 horas a alguma coisa sem ter alguém no suporte das suas necessidades básicas. Quem sou eu pra tentar deixar alguma coisa de valor pra trás, quando a pia está suja, a roupa acumulada e alguém precisa urgentemente fazer o almoço para que todos possam comer?
Sei o quanto isso parece conversa de quem está procurando uma desculpa para as coisas não acontecerem. Mas não quero achar uma desculpa, quero achar uma solução -- quero saber se existem realmente pessoas que, diante de todas as necessidades do cotidiano, conseguiram ir além… Especialmente, gostaria de encontrar mulheres (e mães) que resolveram essa equação.
Estar aqui, essa hora da noite, escrevendo um texto desses ao invés de cuidando de todo o caos que se encontra ao meu redor é uma dessas tentativas. Na falta de uma amiga que diga “sim querida, é possível cair de cabeça nas coisas do cotidiano, e reservar um pequeno espaço de tempo no dia no qual você vai criar o que quiser, e com tempo e regularidade, isso vai dar algum fruto”, eu resolvi escrever eu mesma essa história.
Talvez sejamos mesmo muito pequenos. Nosso esforço seja pífio, o resultado seja vão e um texto desse jamais seja lido ou nunca diga nada para ninguém além de mim mas… Existe alguma alternativa digna além de tentar?