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Mostrando postagens de outubro, 2014

Abatida.

Hoje eu voltei a ser mãe em tempo integral... Não andava assim... E estava difícil para todo mundo: para minha bebê que não tinha muita rotina nem passava muito tempo em casa, para meu marido que estava morrendo de saudade de não ver a filha durante toda semana útil, para a minha mãe que está toda dolorida e debilitada e ainda estava se forçando além da conta, para mim que ficava dividida entre as minhas responsabilidades maternais e profissionais -- agora eu não fico mais dividida, estou fu* por inteiro. Estou fu* porque a disponibilidade de fazer mais do que as tradicionais 02 a 03 (com sorte) horas por dia acabaram -- o trabalho que deveria estar pronto não. E eu estou tão atordoada com tudo que falta que eu não consigo nem estimar o tamanho do atraso ou quando vou colocá-lo em dia -- eu sei que vai terminar tudo até o final de outubro, mais do que isso não sei. (Também não sei porque a música a seguir está na cabeça, mas está!)

Um estudo sobre a inércia

Sexta-feira eu fiz a minha quinta tentativa na prova de mestrado da ECA. A primeira, alguns anos atrás, eu perdi: cheguei atrasada, não quis arriscar bater a cara na porta. Na segunda -- ou na verdade a primeira -- eu descobri que muitas pessoas chegam atrasadas... E só as covardes ficam com medo de terem as caras batidas na porta. Na terceira, eu faltei... Jogando 150 reais no ralo e amaldiçoando o trabalho que sempre leva o melhor da minha vida. Na quarta, eu fui... Grávida, devagar e com vontade de fazer xixi de 15 em 15 minutos. Nesse ano eu fui pela quinta e última vez... Pelo menos por enquanto. O que eu aprendi nesses últimos 5 anos de provas e tentativas? Muito sobre a inércia. Nada como uma atividade regular anual para fazer você avaliar o que  mudou de um ano para o outro. Enquanto eu me debato, mais uma vez, com os mesmos assuntos: uma incapacidade de separar os esforços de trabalho do resto da vida, minhas eternas juras que da próxima vez será diferente...

Is just a memory...

Oh the boy's a slag The best you ever had The best you ever had Is just a memory and those dreams Not as daft as they seem Not as daft as they seemed My love when you dream them up Read more: Arctic Monkeys - Fluorescent Adolescent

Limites e o poder libertador do fundo do poço.

Sempre fui uma pessoa que perde o amigo, mas não perde a piada. Não ando mais assim... Não arrisco os amigos, nem acho graça na maioria das piadas. Estou muito chata... E até eu estou perdendo a paciência comigo e toda a minha melancolia. No último texto eu falava de equilíbrio e, fiquei pensando que talvez a minha falta de equilíbrio tenha muito a ver com minha atual incapacidade de estabelecer limites. Ou melhor: minha incapacidade de delimitar espaços, o quanto cada coisa pode tomar da minha vida e, o quanto eu posso ou consigo me comprometer com cada coisa. Eu ando ES.GO.TA.DA... Não é por acordar de noite para dar mamadeira de 03 em 03 horas (ou 02 em 02, como na maioria das madrugadas), nem é por estar pegando projetos que requerem que eu ignore minha nova condição social de mãe... Mas porque eu ainda não parei para ter uma conversa franca comigo mesma e dizer o que eu realmente posso fazer a respeito de cada coisa que toma conta da minha cabeça. Meus problemas não são novos, n...

Equilíbrio.

Equilíbrio. Taí uma coisa que eu nunca aprendi direito, e estou precisando fazer um intensivão. Posso nomear a área que for da vida, e o melhor resumo é que as coisas estão desequilibradas; necessitando urgentemente que eu ofereça alguma média saudável: finanças, saúde, organização, relacionamentos... Especialmente relacionamentos. Eu poderia dizer que não tem nada há ver com a maternidade... Mas tem tudo há ver. Que pessoa eu quero e posso ser, impacta diretamente em como eu vou criar a minha filha. Eu sei, por exemplo, que estou pagando por grandes escolhas erradas dos últimos anos -- ou melhor, eu sei que não estou pagando nada por conta das escolhas erradas dos últimos anos mas... Uma hora a pessoa tem que falar: "Parou por aqui pqp!". Tem que parar, porque eu estou fazendo tudo errado de novo... E novamente. Está muito difícil para eu trabalhar, por exemplo. Não só porque eu tenho obrigações maternas, de dona de casa, de esposa, de aspirante a mestranda disputando at...