quarta-feira, 23 de julho de 2014

Como nossos pais...

Desde que eu voltei a trabalhar mais regularmente, essa belezinha tem passado muito mais tempo com a avó dela do que comigo... Ela vai pra lá cedo, eu fico aqui ou lá trabalhando, e quando a noite chega, quem diz que eu tenho coragem de sair com ela no frio, pegar um ônibus até em casa e trazê-la? Acaba dormindo lá com a vovó e a titia.

Isso me destrói! Não porque eu ache que ela não está sendo bem cuidada -- muito pelo contrário, o único motivo de eu deixar minha bebê de seis meses dormir longe de mim é porque sei que ela está sendo muito bem cuidada mas... Eu fico me recriminando por cada erro que eu cometi na vida, e que me levaram até esse momento. Um momento em que eu não posso passar nem o primeiro ano dela parada, cuidando exclusivamente dela, porque não há reserva financeira destinada para isso. Essa bebê linda merecia uma mãe presente e dedicada a ela, 100% dedicada a ela.

Eu sei, você pode estar pensando, assim como o meu marido, que isso é um privilégio... Que a maioria das mães tem que voltar ao trabalho aos 04 meses... E que não é um trabalho com "horas flexíveis" como o meu (há controvérsias sobre a flexibilidade do meu), e que a maioria das crianças não tem o privilégio de ficar com uma avó... Tem que ficar com a tiazinha da creche, que tem 24 anos, um magistério e mais ar na cabeça que um pastel de vento. Sim, eu sei que isso tudo é verdade mas... Mães não sossegam com relativizações.

Minha revolta pessoal vale pra mim, e por todas essas mães também! Essa revolta vai pra cada vez na vida que eu aceitei uma condição não tão boa de trabalho, porque aquilo "renderia frutos no futuro". Vai pra cada vez que eu comprei uma coisa inútil porque eu ainda era "jovem demais para pensar no futuro", vai para cada vez que eu considerei a maternidade como uma coisa tão longe, e para a qual a Priscilla do futuro estaria preparada. Essa revolta vai para cada parceiro(a), companheiro(a), amigo(a) e conhecido(a) que me ajudou a acreditar nessa história de que somos "únicos flocos de neves" que devem defender sua individualidade a qualquer custo...

A todos eles, o meu mais sonoro e sincero: VÃO TODOS A MERDA!

Se ter que lutar pelo leitinho da minha filha as custas da companhia dela me ensinou algo, é que quando eu for educar essa menina, vai ser sobre todas as coisas nas quais somos iguais, chatos e repetitivos. E que tudo na vida dela só é uma escolha, se ela realmente tiver uma opção.


terça-feira, 15 de julho de 2014

Mantras para 2014 e além...


Talvez em breve eu fale um pouco mais sobre isso, de uma maneira geral ou um tópico por vez mas... Eu precisava de algumas frases de efeito para focar quando a minha mente dispersa e meus "macaquinhos" interiores começam a pular demais...  Por algum motivo, usar as frases em inglês me dá a sensação que elas tem mais "poder"  -- "algum motivo" uma ova, isso é síndrome de publicitário.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Clichês e lágrimas

Uma criança é passada através de arame farpado para seus avós em um campo de refugiados durante a guerra do Kosovo.
Se existe um clichê da maternidade que é verdadeiro, é aquele que diz que toda situação envolvendo crianças deixa você uns 1000% mais sensível... Não tem como ver qualquer coisa do gênero e não pensar "E se fosse meu filho?". Nessas horas você dá uma choradinha de final de filme, respira fundo e abraça forte a sua bebê da próxima vez que ela acordar para mamar. Alguém me veja um pãozinho que eu já tenho manteiga demais!