Há anos eu tenho arranhado a superfície do porquê, há muito tempo atrás, eu achei o filme "8 Mile" do Eminem tão significativo, quando ele passou como tão irrelevante para público e crítica. Foi preciso que muita água passasse por baixo dessa ponte sobre a qual eu caminho para que eu pudesse agarrar esse conceito tão etéreo que me escapava. Bem, acabado os clichês linguísticos, vamos aos fatos...
Existe uma padrão tradicional para os filmes "do nada até a fama" -- e, bem simples, ele é: o protagonista tem que ir do nada a fama, rs. É nesse ponto que o filme frustra boa parte da audiência -- ele não é uma narrativa sobre como alguém atinge o sucesso mas, como alguém desiste dele. No começo, temos um protagonista com o sonho de ser um grande rapper, participando de batalhas entre rappers. A pressão, toma conta dele, ele passa mal e vira piada. Enquanto isso, enquanto ele espera o sucesso que lhe é "certo", ele vive de maneira desregrada, ignora as atividades cotidianas que lhe garantem o sustento, ao mesmo tempo que recrimina a mãe que, ao invés de centrar seus esforços em algo mais sólido, investe em homens inúteis e cartelas de bingo, esperando o próximo momento de sorte.
A parte central do filme se concentra toda nas bobagens e atitudes desesperadas que as pessoas fazem para chegar a esse sucesso -- e vemos cada vez mais um protagonista que se decepciona com as pessoas ao redor: amigos, potencial namorada etc., até o ponto em que começa a se perguntar de que vale tudo aquilo. Em uma cena que para mim é fundamental no filme, ao chegar ao trabalho que ele vinha negligenciando, ele pergunta a uma amigo no meio de um momento de clareza "when people stop living up here [fazendo um gesto sobre a cabeça, como se referindo ao mundo dos sonhos] and start to live here? [fazendo um gesto no nível deles, como que dizendo na realidade].
A partir desse momento, a partir do momento em que ele se conscientiza que talvez o sucesso que ele procura não seja certo, ou pelo menos não esteja na próxima esquina, ele começa a se dedicar mais às atividades que estava negligenciando, principalmente o trabalho, e as coisas começam a melhorar: não um sucesso musical automático, mas uma vida mais centrada, mais recompensante, mais sólida... E então ele consegue voltar a batalha dos rappers e se sair bem -- não por uma mágica karmica de quem agora fez por merecer mas, por uma questão básica: agora ele pode encarar tudo aquilo com a leveza de quem não depende daquilo para sobreviver.
O filme não termina como uma mensagem "garotos pobres, não tentem o estrelato" -- até porque ele não dá a entender se ele desiste mesmo -- mas com uma leve mensagem de esperança: a mãe dele, que já vinha sendo impactada pela mudança de comportamento dele também começa a se valorizar um pouco mais -- e acaba ganhando em um dos bingos que participa; só pra finalizar dizendo que as vezes a sorte tem mesmo o seu papel.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
terça-feira, 11 de novembro de 2014
O que está perdido nunca pode ser salvo
Sinto que hoje é um daqueles dias que eu deveria escrever... Escrever ou simplesmente socar um saco de areia -- como não tenho um saco de areia, e se o tivesse é provável que depois do soco ele explodisse em casa e eu ainda teria mais uma coisa para limpar, não... Eu não vou socar um saco de areia. Então resta escrever... É mais barato, mais prático, faz menos sujeira -- o problema é: escrever o quê?
Estou cansada. Tão cansada que, a minha primeira opção seria dizer que estou enraivecida mas... Não é verdade. Até que eu deveria estar enraivecida mas, a verdade é que eu não tenho forças para me enervar na medida correta, então resta dizer que estou cansada. Nas minhas leituras recentes, caiu nas minhas mãos um artigo que falava sobre as 05 coisas que você não deveria gastar tempo publicando em blogs e redes sociais; e estar cansado era uma delas (assim como dizer que está sobrecarregado, trabalhando demais, deprimido e coisas do tipo). É lógico que eu não achei um bom conselho -- se eu fosse adotá-lo, seria melhor fechar todas as contas e apagar os últimos 17 anos de internet.
Mas talvez uma definição melhor para o momento seria que "eu me sinto aprisionada". Sei que somos vítimas, de uma forma ou outra, das nossas escolhas -- mas os filmes americanos mentiram para mim: nessas situações, eu sempre espero aquele momento de "Basta!" no qual você vai ficarputinha resoluta, e começar a agir com outra atitude e dar uma virada em todas as coisas... Não funciona assim. Eu tenho plena consciência das más decisões que tomei, eu só não faço a mínima ideia de como começar a corrigi-las, pra onde correr, o que fazer... Nem sei se é possível, eu não vejo espaço físico e temporal para manobra. Só sei que eu estou... Cansada. Não quero fazer papel de vítima mas... Estou cansada de sentir desvalorizada em todos aspectos e ter que ficar implorando o que me é de direito em diversas situações e esferas. Essa lenda de que, você vai fazendo o seu e uma hora as coisas se equilibram e a vida se equilibra... Bem, está difícil de engolir.
A rotina.
Eu acordo um pouco antes das 06 da manhã, e pego no batente de mãe... Ele se encerra quando a Lívia dorme, quase às 21:00... E nessas horinhas que restam até a meia noite, eu alimentava a ilusão de ler, escrever, tocar a minha empresinha virtual (produzindo meus produtinhos digitais) mas... No exato momento em que eu finalmente a coloco no berço capotada, eu olho para os lados e... Caos! Hora de juntar os brinquedos, fazer a cama, lavar a louça, tomar um banho, comer algumas coisa... E nessa, estou exausta. Não tenho forças pra ficar putinha/resoluta e mostrar a que vim... Eu vim foi pra, com sorte, dormir antes da meia noite (ela vai acordar às 00:30 pra mamar) e sonhar com, se possível, uma noite em que eu não tenha que acordar de hora em hora até as seis.
Estou cansada. Tão cansada que, a minha primeira opção seria dizer que estou enraivecida mas... Não é verdade. Até que eu deveria estar enraivecida mas, a verdade é que eu não tenho forças para me enervar na medida correta, então resta dizer que estou cansada. Nas minhas leituras recentes, caiu nas minhas mãos um artigo que falava sobre as 05 coisas que você não deveria gastar tempo publicando em blogs e redes sociais; e estar cansado era uma delas (assim como dizer que está sobrecarregado, trabalhando demais, deprimido e coisas do tipo). É lógico que eu não achei um bom conselho -- se eu fosse adotá-lo, seria melhor fechar todas as contas e apagar os últimos 17 anos de internet.
Mas talvez uma definição melhor para o momento seria que "eu me sinto aprisionada". Sei que somos vítimas, de uma forma ou outra, das nossas escolhas -- mas os filmes americanos mentiram para mim: nessas situações, eu sempre espero aquele momento de "Basta!" no qual você vai ficar
A rotina.
Eu acordo um pouco antes das 06 da manhã, e pego no batente de mãe... Ele se encerra quando a Lívia dorme, quase às 21:00... E nessas horinhas que restam até a meia noite, eu alimentava a ilusão de ler, escrever, tocar a minha empresinha virtual (produzindo meus produtinhos digitais) mas... No exato momento em que eu finalmente a coloco no berço capotada, eu olho para os lados e... Caos! Hora de juntar os brinquedos, fazer a cama, lavar a louça, tomar um banho, comer algumas coisa... E nessa, estou exausta. Não tenho forças pra ficar putinha/resoluta e mostrar a que vim... Eu vim foi pra, com sorte, dormir antes da meia noite (ela vai acordar às 00:30 pra mamar) e sonhar com, se possível, uma noite em que eu não tenha que acordar de hora em hora até as seis.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Da série: versões melhores do que a original.
No episódio de hoje: Fera Ferida (Roberto e Erasmo), na voz de Maria Bethânia.
É claro que tem um motivo...
Mas como o motivo é velho e, é vergonhoso ainda estar remoendo o dito...
Fiquemos apenas com a música e, em breve com a nossa programação normal.
Som na caixa!
É claro que tem um motivo...
Mas como o motivo é velho e, é vergonhoso ainda estar remoendo o dito...
Fiquemos apenas com a música e, em breve com a nossa programação normal.
Som na caixa!
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Abatida.
Hoje eu voltei a ser mãe em tempo integral... Não andava assim... E estava difícil para todo mundo: para minha bebê que não tinha muita rotina nem passava muito tempo em casa, para meu marido que estava morrendo de saudade de não ver a filha durante toda semana útil, para a minha mãe que está toda dolorida e debilitada e ainda estava se forçando além da conta, para mim que ficava dividida entre as minhas responsabilidades maternais e profissionais -- agora eu não fico mais dividida, estou fu* por inteiro.
Estou fu* porque a disponibilidade de fazer mais do que as tradicionais 02 a 03 (com sorte) horas por dia acabaram -- o trabalho que deveria estar pronto não. E eu estou tão atordoada com tudo que falta que eu não consigo nem estimar o tamanho do atraso ou quando vou colocá-lo em dia -- eu sei que vai terminar tudo até o final de outubro, mais do que isso não sei.
(Também não sei porque a música a seguir está na cabeça, mas está!)
Estou fu* porque a disponibilidade de fazer mais do que as tradicionais 02 a 03 (com sorte) horas por dia acabaram -- o trabalho que deveria estar pronto não. E eu estou tão atordoada com tudo que falta que eu não consigo nem estimar o tamanho do atraso ou quando vou colocá-lo em dia -- eu sei que vai terminar tudo até o final de outubro, mais do que isso não sei.
(Também não sei porque a música a seguir está na cabeça, mas está!)
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Um estudo sobre a inércia
Sexta-feira eu fiz a minha quinta tentativa na prova de mestrado da ECA.
A primeira, alguns anos atrás, eu perdi: cheguei atrasada, não quis
arriscar bater a cara na porta. Na segunda -- ou na verdade a primeira --
eu descobri que muitas pessoas chegam atrasadas... E só as covardes
ficam com medo de terem as caras batidas na porta. Na terceira, eu
faltei... Jogando 150 reais no ralo e amaldiçoando o trabalho que sempre
leva o melhor da minha vida. Na quarta, eu fui... Grávida, devagar e
com vontade de fazer xixi de 15 em 15 minutos. Nesse ano eu fui pela
quinta e última vez... Pelo menos por enquanto.
O que eu aprendi nesses últimos 5 anos de provas e tentativas? Muito sobre a inércia. Nada como uma atividade regular anual para fazer você avaliar o que mudou de um ano para o outro. Enquanto eu me debato, mais uma vez, com os mesmos assuntos: uma incapacidade de separar os esforços de trabalho do resto da vida, minhas eternas juras que da próxima vez será diferente... Tudo morrendo afogado pelo meu eterno otimismo de quem tirou o vestibular de letra e se recusa a acreditar que outras atividades requeiram outras práticas. O Brasil ainda vai aprender a se livrar do seu "jeitinho" antes que eu aprenda o valor da disciplina a ponto de colocá-la pra valer na minha vida.
Desanimei. Tanto, que impactou o que eu deveria estar produzindo nesse final de semana... Resolvi me entregar ao descanso e voltar a minha força tarefa -- a minha vida parece ser uma sequência interminável de forças tarefas -- nos dias "úteis" (acho que já faz um tempo que eu não posso chamar meus dias de úteis). Cinco anos é tempo demais para você não poder notar mudanças positivas na sua vida... Ou mudanças de qualquer forma.
Talvez se eu tivesse tido resultados extremamente negativos todas as vezes, eu já teria me corrigido mas, saber que eu nunca estudo para essa prova e sempre passo para a fase seguinte (tirando esse ano, pra tudo tem um limite) me dá uma confiança destruidora que torna sempre difícil investir tempo em preparação - o que sempre aniquila com as chances na fase seguinte já que eu vou para a segunda fase com um projeto que parece ter sido escrito em um dia (e que de fato foi escrito em 03 horas, rs).
Agora eu lhe pergunto: de que adianta tanto autoconhecimento se eu não sou capaz de agir na melhor na próxima vez, ou me corrigir de qualquer forma?
O que eu aprendi nesses últimos 5 anos de provas e tentativas? Muito sobre a inércia. Nada como uma atividade regular anual para fazer você avaliar o que mudou de um ano para o outro. Enquanto eu me debato, mais uma vez, com os mesmos assuntos: uma incapacidade de separar os esforços de trabalho do resto da vida, minhas eternas juras que da próxima vez será diferente... Tudo morrendo afogado pelo meu eterno otimismo de quem tirou o vestibular de letra e se recusa a acreditar que outras atividades requeiram outras práticas. O Brasil ainda vai aprender a se livrar do seu "jeitinho" antes que eu aprenda o valor da disciplina a ponto de colocá-la pra valer na minha vida.
Desanimei. Tanto, que impactou o que eu deveria estar produzindo nesse final de semana... Resolvi me entregar ao descanso e voltar a minha força tarefa -- a minha vida parece ser uma sequência interminável de forças tarefas -- nos dias "úteis" (acho que já faz um tempo que eu não posso chamar meus dias de úteis). Cinco anos é tempo demais para você não poder notar mudanças positivas na sua vida... Ou mudanças de qualquer forma.
Talvez se eu tivesse tido resultados extremamente negativos todas as vezes, eu já teria me corrigido mas, saber que eu nunca estudo para essa prova e sempre passo para a fase seguinte (tirando esse ano, pra tudo tem um limite) me dá uma confiança destruidora que torna sempre difícil investir tempo em preparação - o que sempre aniquila com as chances na fase seguinte já que eu vou para a segunda fase com um projeto que parece ter sido escrito em um dia (e que de fato foi escrito em 03 horas, rs).
Agora eu lhe pergunto: de que adianta tanto autoconhecimento se eu não sou capaz de agir na melhor na próxima vez, ou me corrigir de qualquer forma?
Is just a memory...
Oh the boy's a slag
The best you ever had
The best you ever had
Is just a memory and those dreams
Not as daft as they seem
Not as daft as they seemed
My love when you dream them up
Read more: Arctic Monkeys - Fluorescent Adolescent
The best you ever had
The best you ever had
Is just a memory and those dreams
Not as daft as they seem
Not as daft as they seemed
My love when you dream them up
Read more: Arctic Monkeys - Fluorescent Adolescent
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Limites e o poder libertador do fundo do poço.
Sempre fui uma pessoa que perde o amigo, mas não perde a piada. Não ando mais assim... Não arrisco os amigos, nem acho graça na maioria das piadas. Estou muito chata... E até eu estou perdendo a paciência comigo e toda a minha melancolia. No último texto eu falava de equilíbrio e, fiquei pensando que talvez a minha falta de equilíbrio tenha muito a ver com minha atual incapacidade de estabelecer limites. Ou melhor: minha incapacidade de delimitar espaços, o quanto cada coisa pode tomar da minha vida e, o quanto eu posso ou consigo me comprometer com cada coisa. Eu ando ES.GO.TA.DA... Não é por acordar de noite para dar mamadeira de 03 em 03 horas (ou 02 em 02, como na maioria das madrugadas), nem é por estar pegando projetos que requerem que eu ignore minha nova condição social de mãe... Mas porque eu ainda não parei para ter uma conversa franca comigo mesma e dizer o que eu realmente posso fazer a respeito de cada coisa que toma conta da minha cabeça. Meus problemas não são novos, nem minha maneira frustrada de tentar resolvê-los.
Estou perdendo a oportunidade de aproveitar o poder libertador do fundo do poço. Já falei disso por aqui algumas vezes, mas é um tema que nunca se esgota. Quando você está no fundo do poço, duas coisas devem ficar claras:
Por que quando a gente se encolhe, e está com uma visão tão miserável da vida, acha que a melhor alternativa é se encolher um pouco mais, engolir uns sapos e seguir em frente, em uma visão ainda mais miserável do que aquela em se encontra? Por que a gente não aproveita pra criar um caminho mais condizente com aquilo que acredita e que quer para si? Não precisa ser "vender coco na praia", pode ser algo levemente mais "sensato". Por que a gente deixa pra lá outros planos mais suaves que parecem mais felizes? Talvez porque a gente queira se punir pela situação. Talvez porque a gente não acredite que mereça mais. Ou simplesmente porque a gente ache que essas coisas sonhadas podem não dar certo... Mas a verdadeira questão é: a coisa toda já não deu certo -- então seria tão crítico assim adotar algo que melhoraria a situação de maneira incremental, mas melhoraria a alma de maneira exponencial?
Questões para 2015.
Estou perdendo a oportunidade de aproveitar o poder libertador do fundo do poço. Já falei disso por aqui algumas vezes, mas é um tema que nunca se esgota. Quando você está no fundo do poço, duas coisas devem ficar claras:
- Você deve parar de cavar.
- Você não vai sair daí num passe de mágica.
Por que quando a gente se encolhe, e está com uma visão tão miserável da vida, acha que a melhor alternativa é se encolher um pouco mais, engolir uns sapos e seguir em frente, em uma visão ainda mais miserável do que aquela em se encontra? Por que a gente não aproveita pra criar um caminho mais condizente com aquilo que acredita e que quer para si? Não precisa ser "vender coco na praia", pode ser algo levemente mais "sensato". Por que a gente deixa pra lá outros planos mais suaves que parecem mais felizes? Talvez porque a gente queira se punir pela situação. Talvez porque a gente não acredite que mereça mais. Ou simplesmente porque a gente ache que essas coisas sonhadas podem não dar certo... Mas a verdadeira questão é: a coisa toda já não deu certo -- então seria tão crítico assim adotar algo que melhoraria a situação de maneira incremental, mas melhoraria a alma de maneira exponencial?
Questões para 2015.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Equilíbrio.
Equilíbrio. Taí uma coisa que eu nunca aprendi direito, e estou precisando fazer um intensivão. Posso nomear a área que for da vida, e o melhor resumo é que as coisas estão desequilibradas; necessitando urgentemente que eu ofereça alguma média saudável: finanças, saúde, organização, relacionamentos... Especialmente relacionamentos. Eu poderia dizer que não tem nada há ver com a maternidade... Mas tem tudo há ver. Que pessoa eu quero e posso ser, impacta diretamente em como eu vou criar a minha filha. Eu sei, por exemplo, que estou pagando por grandes escolhas erradas dos últimos anos -- ou melhor, eu sei que não estou pagando nada por conta das escolhas erradas dos últimos anos mas... Uma hora a pessoa tem que falar: "Parou por aqui pqp!".
Tem que parar, porque eu estou fazendo tudo errado de novo... E novamente. Está muito difícil para eu trabalhar, por exemplo. Não só porque eu tenho obrigações maternas, de dona de casa, de esposa, de aspirante a mestranda disputando atenção mas porque eu odeio meu trabalho. Eu odeio porque não acho que é o que eu deveria estar fazendo da minha vida, eu odeio porque já estou trabalhando com isso há 12 anos (e realmente deu no saco), eu odeio porque eu não gosto de como os relacionamentos e demandas se estabelecem nesse negócio, e eu odeio principalmente porque as contas não fecham -- e eu sei que, as contas não fecham simplesmente porque eu o odeio (não é o contrário). "Você nunca consegue o suficiente daquilo que você não precisa para torná-lo feliz.", como já diria Eric Hoffer.
Mais da metade da minha força é gasta para começar a trabalhar todo dia... E meu coração não está nele. Meu coração está no sorriso da Lívia, nos livros que eu quero ler e não tenho tempo, nos materiais de desenho que eu quero usar e não uso, nas vezes que encontro um ilustrador legal para postar na página do Facebook do SketchBlock. Eu sei que tudo isso é muito bonito mas que não paga as contas... E que por mais que eu queira ignorar, eu sou mãe, tenho muitas contas para pagar e ninguém tem nada há ver com a minha insatisfação.
O problema é que não há equilíbrio, e eu não posso ignorar mais que tudo o que eu faço já deu todas as pistas que não está dando certo. Eu não estou engolindo o sapo do que não gosto e garantindo o leitinho das crianças... Eu estou engolindo o sapo meio que pela metade, sendo mãe meio que pela metade, sendo dona de casa meio que pela metade (meio que pela metade de 1/3 da metade na verdade) e assim por diante. Não está dando certo! Eu não tenho mais poder pessoal, emocional ou intelectual suficiente para nada. Ninguém está levando mais 100% de mim -- nem eu! Seja onde for que eu esteja, eu não estou lá.
Estou em overdrive, tendo que entender como consertar o avião com ele voando. Tudo que eu queria era pousar o avião, olhar direito para ele e consertá-lo parte a parte... Ou mesmo ter tempo e energia suficiente para decidir se eu deveria estar consertando esse avião -- ou simplesmente assumindo que eu deveria é viajar de jegue, bicicleta ou jardineira.
São tantas as besteiras que a gente faz dando a desculpa de estar fazendo a escolha mais sensata.
Tem que parar, porque eu estou fazendo tudo errado de novo... E novamente. Está muito difícil para eu trabalhar, por exemplo. Não só porque eu tenho obrigações maternas, de dona de casa, de esposa, de aspirante a mestranda disputando atenção mas porque eu odeio meu trabalho. Eu odeio porque não acho que é o que eu deveria estar fazendo da minha vida, eu odeio porque já estou trabalhando com isso há 12 anos (e realmente deu no saco), eu odeio porque eu não gosto de como os relacionamentos e demandas se estabelecem nesse negócio, e eu odeio principalmente porque as contas não fecham -- e eu sei que, as contas não fecham simplesmente porque eu o odeio (não é o contrário). "Você nunca consegue o suficiente daquilo que você não precisa para torná-lo feliz.", como já diria Eric Hoffer.
Mais da metade da minha força é gasta para começar a trabalhar todo dia... E meu coração não está nele. Meu coração está no sorriso da Lívia, nos livros que eu quero ler e não tenho tempo, nos materiais de desenho que eu quero usar e não uso, nas vezes que encontro um ilustrador legal para postar na página do Facebook do SketchBlock. Eu sei que tudo isso é muito bonito mas que não paga as contas... E que por mais que eu queira ignorar, eu sou mãe, tenho muitas contas para pagar e ninguém tem nada há ver com a minha insatisfação.
O problema é que não há equilíbrio, e eu não posso ignorar mais que tudo o que eu faço já deu todas as pistas que não está dando certo. Eu não estou engolindo o sapo do que não gosto e garantindo o leitinho das crianças... Eu estou engolindo o sapo meio que pela metade, sendo mãe meio que pela metade, sendo dona de casa meio que pela metade (meio que pela metade de 1/3 da metade na verdade) e assim por diante. Não está dando certo! Eu não tenho mais poder pessoal, emocional ou intelectual suficiente para nada. Ninguém está levando mais 100% de mim -- nem eu! Seja onde for que eu esteja, eu não estou lá.
Estou em overdrive, tendo que entender como consertar o avião com ele voando. Tudo que eu queria era pousar o avião, olhar direito para ele e consertá-lo parte a parte... Ou mesmo ter tempo e energia suficiente para decidir se eu deveria estar consertando esse avião -- ou simplesmente assumindo que eu deveria é viajar de jegue, bicicleta ou jardineira.
São tantas as besteiras que a gente faz dando a desculpa de estar fazendo a escolha mais sensata.
terça-feira, 23 de setembro de 2014
É hora...
"...Understand what I've become,
It wasn't my design..."
Ode to my family, The Cranberries
Acabei de dar um beijo de boa noite na minha filha, e vir para casa... Não, ela não está comigo. Nessa vida de "horários flexíveis", toda hora é hora de trabalhar, fica difícil cuidar dela direito e fazer alguma coisa para ganhar o NAN de cada dia, então ela acaba ficando muito (muito mesmo) na casa da Avó. Eu odeio, eu simplesmente odeio. E fico com raiva, muita raiva -- e toda ela concentrada em mim. Que mulher adulta arquiteta uma situação como a qual eu me encontro?
Tudo resultado de uma fé sem obra: acreditar que tudo iria ficar bem, e não estar me certificando que as coisas corressem bem e que caminhassem para esse objetivo... Quando as coisas ficavam feias, eu sempre acreditei que no final tudo se acertaria. Sabe aquela coisa de "se tudo não está bem é porque ainda não terminou"? Será que foi ingenuidade? Estupidez? Passividade? Não sei a resposta... Mas me sinto como alguém que queria dar uma volta ao mundo pelo oceano e simplesmente pulou na água com uma boia de pato na cintura, assoprando e torcendo pra maré levar para o lado certo e na velocidade necessária.
Estou me esforçando para encontrar o lado positivo das coisas, ver tudo isso como uma oportunidade de mudança, usar as coisas que me deixam descontentes como combustível... Mas está f.o.d.a.! Essa eterna repetição das mesmas situações... O que afinal de contas eu ainda não aprendi para que a "lição" se apresente mais uma vez?
It wasn't my design..."
Ode to my family, The Cranberries
Acabei de dar um beijo de boa noite na minha filha, e vir para casa... Não, ela não está comigo. Nessa vida de "horários flexíveis", toda hora é hora de trabalhar, fica difícil cuidar dela direito e fazer alguma coisa para ganhar o NAN de cada dia, então ela acaba ficando muito (muito mesmo) na casa da Avó. Eu odeio, eu simplesmente odeio. E fico com raiva, muita raiva -- e toda ela concentrada em mim. Que mulher adulta arquiteta uma situação como a qual eu me encontro?
Tudo resultado de uma fé sem obra: acreditar que tudo iria ficar bem, e não estar me certificando que as coisas corressem bem e que caminhassem para esse objetivo... Quando as coisas ficavam feias, eu sempre acreditei que no final tudo se acertaria. Sabe aquela coisa de "se tudo não está bem é porque ainda não terminou"? Será que foi ingenuidade? Estupidez? Passividade? Não sei a resposta... Mas me sinto como alguém que queria dar uma volta ao mundo pelo oceano e simplesmente pulou na água com uma boia de pato na cintura, assoprando e torcendo pra maré levar para o lado certo e na velocidade necessária.
Estou me esforçando para encontrar o lado positivo das coisas, ver tudo isso como uma oportunidade de mudança, usar as coisas que me deixam descontentes como combustível... Mas está f.o.d.a.! Essa eterna repetição das mesmas situações... O que afinal de contas eu ainda não aprendi para que a "lição" se apresente mais uma vez?
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Irresiliente
Irresiliente. A palavra não existe. Ou talvez comece a existir, se eu repetir algumas vezes. Não gostei dos antônimos tradicionais para resiliência no dicionário: suscetível, vulnerável, frágil... Acho que o dicionário está aplicando um certo julgamento de valor sobre a minha pessoa... Prefiro "irresiliente"... Ou "incapaz de demonstrar resiliência".
Resiliência é uma das palavras da moda... Assim como procrastinação e proatividade também tiveram sua vez um dia. O sucesso não está mais em acabar com a procrastinação -- se você ler esse livro por exemplo; vai ver que pode conviver muito bem com ela -- ou ter uma atitude proativa. O sucesso verdadeiro só pode ser atingido por meio da resiliência, a capacidade de resistir aos obstáculos que essa vida fanfarrona coloca diante de nós. Nessa nova concepção de sucesso, ele só acontece para os fortes. Aguenta aí! Quando não existir mais ninguém; quando não resistir mais ninguém; ficará claro que você é/foi/será um sucesso.
Eu já fiz parte dos que se acreditavam sobreviventes.
Não faço mais.
Mas não sou uma desistente amarga... Não culpo "o bolsa família", não culpo o "tremsalão". Não acho que esse é um país tupiniquim que nada dá certo, não tenho vontade de fugir pra Europa e deixar tudo pra trás! A coisa inteiramente por minha conta... E sou eu quem não dá conta.
Estou com 34, sentindo ter muito mais do que 43... Muito mais do que 68, ou qualquer outra variação que eu possa pensar. Estou naquela fase -- se espera que seja uma fase -- em que você percebe que potenciais não são promessas, que as promessas não serão cumpridas, e tudo que você pensava que seria não será... Não será nem perto.
Eu sinto falta do futuro que nunca será presente.
Resiliência é uma das palavras da moda... Assim como procrastinação e proatividade também tiveram sua vez um dia. O sucesso não está mais em acabar com a procrastinação -- se você ler esse livro por exemplo; vai ver que pode conviver muito bem com ela -- ou ter uma atitude proativa. O sucesso verdadeiro só pode ser atingido por meio da resiliência, a capacidade de resistir aos obstáculos que essa vida fanfarrona coloca diante de nós. Nessa nova concepção de sucesso, ele só acontece para os fortes. Aguenta aí! Quando não existir mais ninguém; quando não resistir mais ninguém; ficará claro que você é/foi/será um sucesso.
Eu já fiz parte dos que se acreditavam sobreviventes.
Não faço mais.
Mas não sou uma desistente amarga... Não culpo "o bolsa família", não culpo o "tremsalão". Não acho que esse é um país tupiniquim que nada dá certo, não tenho vontade de fugir pra Europa e deixar tudo pra trás! A coisa inteiramente por minha conta... E sou eu quem não dá conta.
Estou com 34, sentindo ter muito mais do que 43... Muito mais do que 68, ou qualquer outra variação que eu possa pensar. Estou naquela fase -- se espera que seja uma fase -- em que você percebe que potenciais não são promessas, que as promessas não serão cumpridas, e tudo que você pensava que seria não será... Não será nem perto.
Eu sinto falta do futuro que nunca será presente.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Por que a vida, essa sim é uma caixinha de surpresas...
Agora eu entendo porque a maioria das mulheres depois que vira mãe não consegue falar de outra coisa: não existe outra coisa. É claro que não existe só o bebê na sua vida mas... Tudo é decidido e medido em relação a ele (no meu caso, ela): de quando você vai comer, a quando você vai tomar banho, o quanto consegue trabalhar, quantos pratos consegue ter no ar...
Isso me assusta um pouco. Eu sempre fui uma pessoa meio perdida no um milhão de coisas que eu quero fazer e não faço... Agora, perdida não consegue nem de longe começar a descrever. Eu me sinto num redemoinho, vendo algumas coisas girando ao meu redor, e quando dá estico o braço e toco em alguma. Nas últimas duas semanas, por exemplo, a Lívia ficou mais na Avó do que em casa para que eu pudesse trabalhar... E eu acho que exagerei na dose! E pior, nem consegui atender todas as demandas que eu tive -- consegui apenas deixar de ver minha menina direito, dormir menos de 04 horas por dia, comer mal, chegar ao final de semana esgotada (no domingo eu simplesmente apaguei), e sobrecarregar meus olhos (comecei a sexta-feira trabalhando no computador de óculos escuros, simplesmente porque eu não estava aguentando mais a claridade da tela).
Foi uma boa experiência conseguir me manter "ligada" por tanto tempo a um conjunto de coisas para fazer mas, eu simplesmente ferrei com toda a rotina mínima de casa -- não cozinhei, não lavei louça, não lavei roupa, não fiz absolutamente nada... E então dei uma paradinha no redemoinho e... Você nem imagina o caos em que tudo está.
Nessas horas eu desanimo... Desânimo mesmo! Desânimo no nível de querer ter uma varinha de condão, balança-la e dar um jeito em tudo. Para dar jeito nas minhas coisas, com sinceridade, só tendo o nível de motivação de Joseph Climber... Tentei usar essa metáfora com o meu digníssimo cara metade mas ele não lembra do vídeo! Então amor, em sua homenagem, aqui vai o meu herói.
Isso me assusta um pouco. Eu sempre fui uma pessoa meio perdida no um milhão de coisas que eu quero fazer e não faço... Agora, perdida não consegue nem de longe começar a descrever. Eu me sinto num redemoinho, vendo algumas coisas girando ao meu redor, e quando dá estico o braço e toco em alguma. Nas últimas duas semanas, por exemplo, a Lívia ficou mais na Avó do que em casa para que eu pudesse trabalhar... E eu acho que exagerei na dose! E pior, nem consegui atender todas as demandas que eu tive -- consegui apenas deixar de ver minha menina direito, dormir menos de 04 horas por dia, comer mal, chegar ao final de semana esgotada (no domingo eu simplesmente apaguei), e sobrecarregar meus olhos (comecei a sexta-feira trabalhando no computador de óculos escuros, simplesmente porque eu não estava aguentando mais a claridade da tela).
Foi uma boa experiência conseguir me manter "ligada" por tanto tempo a um conjunto de coisas para fazer mas, eu simplesmente ferrei com toda a rotina mínima de casa -- não cozinhei, não lavei louça, não lavei roupa, não fiz absolutamente nada... E então dei uma paradinha no redemoinho e... Você nem imagina o caos em que tudo está.
Nessas horas eu desanimo... Desânimo mesmo! Desânimo no nível de querer ter uma varinha de condão, balança-la e dar um jeito em tudo. Para dar jeito nas minhas coisas, com sinceridade, só tendo o nível de motivação de Joseph Climber... Tentei usar essa metáfora com o meu digníssimo cara metade mas ele não lembra do vídeo! Então amor, em sua homenagem, aqui vai o meu herói.
sábado, 2 de agosto de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Como nossos pais...
Desde que eu voltei a trabalhar mais regularmente, essa belezinha tem passado muito mais tempo com a avó dela do que comigo... Ela vai pra lá cedo, eu fico aqui ou lá trabalhando, e quando a noite chega, quem diz que eu tenho coragem de sair com ela no frio, pegar um ônibus até em casa e trazê-la? Acaba dormindo lá com a vovó e a titia.
Isso me destrói! Não porque eu ache que ela não está sendo bem cuidada -- muito pelo contrário, o único motivo de eu deixar minha bebê de seis meses dormir longe de mim é porque sei que ela está sendo muito bem cuidada mas... Eu fico me recriminando por cada erro que eu cometi na vida, e que me levaram até esse momento. Um momento em que eu não posso passar nem o primeiro ano dela parada, cuidando exclusivamente dela, porque não há reserva financeira destinada para isso. Essa bebê linda merecia uma mãe presente e dedicada a ela, 100% dedicada a ela.
Eu sei, você pode estar pensando, assim como o meu marido, que isso é um privilégio... Que a maioria das mães tem que voltar ao trabalho aos 04 meses... E que não é um trabalho com "horas flexíveis" como o meu (há controvérsias sobre a flexibilidade do meu), e que a maioria das crianças não tem o privilégio de ficar com uma avó... Tem que ficar com a tiazinha da creche, que tem 24 anos, um magistério e mais ar na cabeça que um pastel de vento. Sim, eu sei que isso tudo é verdade mas... Mães não sossegam com relativizações.
Minha revolta pessoal vale pra mim, e por todas essas mães também! Essa revolta vai pra cada vez na vida que eu aceitei uma condição não tão boa de trabalho, porque aquilo "renderia frutos no futuro". Vai pra cada vez que eu comprei uma coisa inútil porque eu ainda era "jovem demais para pensar no futuro", vai para cada vez que eu considerei a maternidade como uma coisa tão longe, e para a qual a Priscilla do futuro estaria preparada. Essa revolta vai para cada parceiro(a), companheiro(a), amigo(a) e conhecido(a) que me ajudou a acreditar nessa história de que somos "únicos flocos de neves" que devem defender sua individualidade a qualquer custo...
A todos eles, o meu mais sonoro e sincero: VÃO TODOS A MERDA!
Se ter que lutar pelo leitinho da minha filha as custas da companhia dela me ensinou algo, é que quando eu for educar essa menina, vai ser sobre todas as coisas nas quais somos iguais, chatos e repetitivos. E que tudo na vida dela só é uma escolha, se ela realmente tiver uma opção.
Isso me destrói! Não porque eu ache que ela não está sendo bem cuidada -- muito pelo contrário, o único motivo de eu deixar minha bebê de seis meses dormir longe de mim é porque sei que ela está sendo muito bem cuidada mas... Eu fico me recriminando por cada erro que eu cometi na vida, e que me levaram até esse momento. Um momento em que eu não posso passar nem o primeiro ano dela parada, cuidando exclusivamente dela, porque não há reserva financeira destinada para isso. Essa bebê linda merecia uma mãe presente e dedicada a ela, 100% dedicada a ela.
Eu sei, você pode estar pensando, assim como o meu marido, que isso é um privilégio... Que a maioria das mães tem que voltar ao trabalho aos 04 meses... E que não é um trabalho com "horas flexíveis" como o meu (há controvérsias sobre a flexibilidade do meu), e que a maioria das crianças não tem o privilégio de ficar com uma avó... Tem que ficar com a tiazinha da creche, que tem 24 anos, um magistério e mais ar na cabeça que um pastel de vento. Sim, eu sei que isso tudo é verdade mas... Mães não sossegam com relativizações.
Minha revolta pessoal vale pra mim, e por todas essas mães também! Essa revolta vai pra cada vez na vida que eu aceitei uma condição não tão boa de trabalho, porque aquilo "renderia frutos no futuro". Vai pra cada vez que eu comprei uma coisa inútil porque eu ainda era "jovem demais para pensar no futuro", vai para cada vez que eu considerei a maternidade como uma coisa tão longe, e para a qual a Priscilla do futuro estaria preparada. Essa revolta vai para cada parceiro(a), companheiro(a), amigo(a) e conhecido(a) que me ajudou a acreditar nessa história de que somos "únicos flocos de neves" que devem defender sua individualidade a qualquer custo...
A todos eles, o meu mais sonoro e sincero: VÃO TODOS A MERDA!
Se ter que lutar pelo leitinho da minha filha as custas da companhia dela me ensinou algo, é que quando eu for educar essa menina, vai ser sobre todas as coisas nas quais somos iguais, chatos e repetitivos. E que tudo na vida dela só é uma escolha, se ela realmente tiver uma opção.
terça-feira, 15 de julho de 2014
Mantras para 2014 e além...
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Clichês e lágrimas
Uma criança é passada através de arame farpado para seus avós em um campo de refugiados durante a guerra do Kosovo. |
terça-feira, 24 de junho de 2014
Those who are lost: I salude you!
Há tanto tempo sem dar uma passada por aqui, e eu escolho justo o dia em que uma unha encravada (Na mão! Uma unha encravada na mão!) atrapalha a digitação... Tanta coisa para dizer, e tanta coisa inadequada para o meio -- eu prometi que escreveria por aqui quando fosse edificante, para mim e para os outros. Mas a verdade? A vida é -- ou está sendo, difícil estabelecer a diferença -- uma luta para manter a sanidade, com passos quase que insignificantes de cada vez. Queria dizer que estou passando apenas por uma crise de meia idade antecipada mas... Também cai na real que eu estou muito mais perto dos 40 (Assustador!!!!!!) do que dos 20, o que faz o termo "antecipada" não se encaixar tão bem...
Estou lidando, na maioria dos dias de maneira não tão graciosa, com o fato de que a vida não será como eu sonhei. Eu fiquei fazendo hora por mais de 10 anos na antessala da minha vida, esperando ela começar e... Ela passou. Por mais que eu ainda me sinta como a garota de 19 anos que tinha uma vida cheia de possibilidades pela frente, as possibilidades de entrada passaram... Fiquei dez anos trabalhando em algo que eu nunca quis trabalhar e isso se tornou a vida...
Sempre achei que eu devia aos meus filhos futuros investir nos meus sonhos -- mostrar que a vida pode ser mais do que frustrações e limitações... E agora, nem sei como, a filha está aqui... E eu não tenho muito mais a oferecer para ela do que frustrações e limitações. Quando eu me debato, mensalmente, com as questões relacionadas as contas de casa, as atividades do dia a dia e toda uma série de coisas que já deveriam estar bem mais que resolvidas agora... Eu fico com raiva de mim, muita, muita, muita raiva.
E sabe como é:
"Amanhã há de ser outro dia".
Estou lidando, na maioria dos dias de maneira não tão graciosa, com o fato de que a vida não será como eu sonhei. Eu fiquei fazendo hora por mais de 10 anos na antessala da minha vida, esperando ela começar e... Ela passou. Por mais que eu ainda me sinta como a garota de 19 anos que tinha uma vida cheia de possibilidades pela frente, as possibilidades de entrada passaram... Fiquei dez anos trabalhando em algo que eu nunca quis trabalhar e isso se tornou a vida...
Sempre achei que eu devia aos meus filhos futuros investir nos meus sonhos -- mostrar que a vida pode ser mais do que frustrações e limitações... E agora, nem sei como, a filha está aqui... E eu não tenho muito mais a oferecer para ela do que frustrações e limitações. Quando eu me debato, mensalmente, com as questões relacionadas as contas de casa, as atividades do dia a dia e toda uma série de coisas que já deveriam estar bem mais que resolvidas agora... Eu fico com raiva de mim, muita, muita, muita raiva.
E sabe como é:
O inferno tem três portas: luxúria, raiva e avareza.Mas como diria Chico Buarque (e de maneira parafraseada a Scarlett O'Hara também):
Bhagavadgita, uma das escrituras hindus
"Amanhã há de ser outro dia".
segunda-feira, 24 de março de 2014
Metade do céu
Nesse domingo fizemos uma baguncinha (Caos! Caos! Caos!) na intenção de dar uma organizada na sala aqui de casa. Hoje, minha ideia era simplesmente começar a arrumar o possível enquanto a Lívia dava um sossego (nos breves momentos entre uma mamada e um cochilo), e qualquer coisa além disso já era lucro. Para ajudar a passar o tempo eu liguei a televisão no Discovery Home & Health, na esperança de ver alguma coisa leve e descompromissada como "Esquadrão da Moda", "Super Nanny" ou o divertido (por vááááários motivos) "O vestido ideal". Mas aí estava passando o documentário "Half the Sky", que eu sabia que seria SÉRIO e como eu já tinha visto alguns trailers interessantes no canal, decidi assistir...
Que conste nos autos que eu voluntariamente decidi tomar esse soco no estômago, em plena segunda-feira de manhã.
Half the Sky é um documentário americano de 2012, que como o próprio IMDB define, é...
Para quem tinha passado o final de semana reclamando da vida, de como as coisas estão e de como as coisas são, eu posso dizer que esse é o tipo de choque de realidade muito bem-vindo. Em compensação, acho que eu até desidratei de tanto chorar -- é inacreditável a quantidade de mal e injustiça que existe nesse mundo... E mais inacreditável ainda que nesses mesmos lugares surjam sempre as pessoas incrivelmente fortes capazes de fazer a diferença. E essas pessoas precisam de apoio...
É difícil ver que em algumas partes do mundo -- muitas partes do mundo na verdade -- ser mulher é ser vista como um ser "inferior", sem direitos, tratada como mercadoria. Que mesmos sonhos pequenos lhe são negados, e a sua própria condição de mulher é quase uma garantia de sofrimento, de abusos, de incapacidade de revidar -- tanto porque você passa a acreditar no discurso do agressor, quanto pelo fato de que todo o seu entorno (crenças, leis, cultura e sociedade) colabora para a permanência dessa situação -- e eu não vou mais entrar em detalhes sobre o documentário porque eu realmente gostaria que as pessoas assistissem, e que fossem se chocando/revoltando aos poucos; não gostaria de adiantar nada, nem colocar o meu julgamento de valores aqui.
Terminei de assistir o documentário um pouco chocada, um pouco admirada (com as pessoas que agem diretamente nessas situações), um pouco revoltada (com as feministas de feicibuqui, que acham que não chamar a filha de princesa é o que há em matéria de oferecer "mais" as mulheres)... Mas acima de tudo muito feliz por ter uma realidade muito diferente, ter tido um pai que nunca foi um daqueles pais, ter um marido que nunca seria um daqueles maridos, e ter uma filha que terá muitos mais chances e sonhos realizados do que todas aquelas meninas. Mas mesmo assim, me sentindo um lixo por ser tão "privilegiada" e esquecer isso visceralmente de maneira constante.
Vou compartilhar a playlist do documentário, que está disponível no YouTube a seguir. Realmente vale a pena assistir -- especialmente naqueles dias em que a gente esquece que o nosso "pouco", é na realidade muito, e precisa voltar a ver a realidade como ela é.
Caso a playlist não apareça no RSS, o link está aqui.
Que conste nos autos que eu voluntariamente decidi tomar esse soco no estômago, em plena segunda-feira de manhã.
Half the Sky é um documentário americano de 2012, que como o próprio IMDB define, é...
"...um apaixonado chamado às armas, exortando-nos não só para testemunhar a situação das mulheres de todo o mundo, mas para ajudar a transformar a sua opressão em oportunidade. Nosso futuro está nas mãos de mulheres em toda parte."
Para quem tinha passado o final de semana reclamando da vida, de como as coisas estão e de como as coisas são, eu posso dizer que esse é o tipo de choque de realidade muito bem-vindo. Em compensação, acho que eu até desidratei de tanto chorar -- é inacreditável a quantidade de mal e injustiça que existe nesse mundo... E mais inacreditável ainda que nesses mesmos lugares surjam sempre as pessoas incrivelmente fortes capazes de fazer a diferença. E essas pessoas precisam de apoio...
É difícil ver que em algumas partes do mundo -- muitas partes do mundo na verdade -- ser mulher é ser vista como um ser "inferior", sem direitos, tratada como mercadoria. Que mesmos sonhos pequenos lhe são negados, e a sua própria condição de mulher é quase uma garantia de sofrimento, de abusos, de incapacidade de revidar -- tanto porque você passa a acreditar no discurso do agressor, quanto pelo fato de que todo o seu entorno (crenças, leis, cultura e sociedade) colabora para a permanência dessa situação -- e eu não vou mais entrar em detalhes sobre o documentário porque eu realmente gostaria que as pessoas assistissem, e que fossem se chocando/revoltando aos poucos; não gostaria de adiantar nada, nem colocar o meu julgamento de valores aqui.
Terminei de assistir o documentário um pouco chocada, um pouco admirada (com as pessoas que agem diretamente nessas situações), um pouco revoltada (com as feministas de feicibuqui, que acham que não chamar a filha de princesa é o que há em matéria de oferecer "mais" as mulheres)... Mas acima de tudo muito feliz por ter uma realidade muito diferente, ter tido um pai que nunca foi um daqueles pais, ter um marido que nunca seria um daqueles maridos, e ter uma filha que terá muitos mais chances e sonhos realizados do que todas aquelas meninas. Mas mesmo assim, me sentindo um lixo por ser tão "privilegiada" e esquecer isso visceralmente de maneira constante.
Vou compartilhar a playlist do documentário, que está disponível no YouTube a seguir. Realmente vale a pena assistir -- especialmente naqueles dias em que a gente esquece que o nosso "pouco", é na realidade muito, e precisa voltar a ver a realidade como ela é.
Caso a playlist não apareça no RSS, o link está aqui.
Assunto:
Documentário,
Half the Sky,
Reality Check
sábado, 22 de março de 2014
Estou mudando algumas coisas por aqui...
Estou dividindo bem as funções e os motivos de cada um dos meus blogs, e isso tem levado a algumas adaptações e correções. A primeira, aqui no "PrixLifeBox" é que ele não é um blog de divulgação, mas um blog de expressão... Por conta disso, manter muitas barras laterais, assuntos muito a vistas etc., não é o foco... O foco é escrever e desabafar e, se alguém fica feliz com isso no processo, ótimo -- mas não tenho o objetivo de que todo mundo venha ler por aqui. Por conta disso também, reduzi as postagens vistas logo de cara para apenas uma... O que passou, passou... Se alguém quiser saber do passado, tem a guia de históricos ou pode até ver postagens anteriores... Mas vai ter que ter algum trabalhinho.
Acho que é isso... Em breve voltamos com a nossa programação normal. Fique com Bush e Glycerine!
Acho que é isso... Em breve voltamos com a nossa programação normal. Fique com Bush e Glycerine!
segunda-feira, 17 de março de 2014
Oh, the irony...
Em Maio do ano passado, eu queria alguns gatinhos -- minha sogra estava com uma gata em casa que todos acreditavam que estava prenha... Eu já tinha decidido pegar 03 gatinhos, e já tinha escolhido até os nomes.
Como passava o tempo e os gatos não nasciam, todo mundo começou a estranhar... E então veio a notícia: a gata não estava grávida, estava gorda (descobriu-se depois que até castrada ela era).
Já eu na mesma época achava que estava apenas gorda... E estava grávida!
Ah, a ironia!
Como passava o tempo e os gatos não nasciam, todo mundo começou a estranhar... E então veio a notícia: a gata não estava grávida, estava gorda (descobriu-se depois que até castrada ela era).
Já eu na mesma época achava que estava apenas gorda... E estava grávida!
Ah, a ironia!
(vamos ignorar por um momento que eu não estivesse grávida, ainda assim eu estaria gorda, hahaha).
domingo, 9 de março de 2014
"Minha alma, sabe que viver é se entregar..."
Coruja mesmo! Mas quem mandou ter o bebê mais lindo do mundo!? |
Ou simplesmente, porque esse verso inicial é "mother fucker beautiful" (mães ainda podem usar uma expressão dessa?).
Não há o que eu pudesse ter feito na vida para ter me preparado para os últimos 02 meses... Ainda escrevo o FAQ da mãe de primeira viagem... Cuja maior descoberta é a mais inútil... Muito antes de engravidar eu queria saber se existe algo em especial ao virar mãe, que faz você começar a postar mensagens açucaradas com design duvidoso em redes sociais; tipo um gene brega ativado pela maternidade. Não tem. O que tem é gente brega que libera geral quando os filhos chegam... Alívio.
Ainda estou na dúvida sobre quem aprende mais nesse período: a mãe ou o filho. Desde que começamos a morar juntos, eu e o Sr. Leite (sim, saber que quando suprimirem a meia dúzia de sobrenomes que demos a nossa filha o seu nome será Lívia Leite me dói o coração... A Menina "Leve Leite"), nunca chegamos a desenvolver uma rotina, ou uma sensação de lar... Aqui em casa sempre foi nosso cafofo, o lugar que a gente ficava junto e dava um jeito quase que regular de ter algo para comer (delivery rules!), algo para vestir, onde dormir e tomar banho... Era isso. Por mais que eu sonhasse com uma casa arrumada e organizada, nunca achei no fundo um grande problema eu ter mais livros, materiais de desenho, roupas, cds, dvds do que humanamente possível ou "habitavelmente" viável. Mas agora a coisa complicou... Ao caos original somou-se berço, comoda, trocador, carrinho, cadeirinha, estoque de fraldas e fórmula ("fuck you, sonho de amamentação" ainda será um post futuro); então eu estou sendo obrigada a repensar tudo... Rotinas de arrumação, alimentação, compras... Antes era algo desejável, agora se tornou algo vital se eu quiser ter mais do que 25 minutos de tempo produtivo num dia... Acredite, 25 minutos já seria uma conquista... Ter alguns minutos para escrever um post como esse (por inútil que seja) é uma vitória... Tem dias que meu "café da manhã" é feito após o meio dia, e banho é uma realização e uma conquista.
O aprendizado dessa mãe tem sido, acima de tudo, deixar as coisas irem embora, abrir mão.
Essa menina linda não teve muita sorte em relação ao timing financeiro e profissional da sua mãe. Na minha atual circunstância, estar em "licença maternidade" seria bom, seria uma segurança, seria poder curtir essa fase em que não há tempo nem rotina sem a preocupação de encaixar um ou outro freela no processo que garanta o mercado no final do mês, o plano de saúde ou o abatimento de uma ou outra dívida... Estou tentando evitar sentimentos pesados, porque, apesar do que uma ou outra pessoa ache (jeito bonito de não dizer que é apenas uma pessoa específica), eu tenho plena consciência que estou no fundo de um buraco que eu mesma cavei... E sei que não adianta ficar se martirizando por conta disso. Leite derramado não volta pra caneca. Mas eu acho que é meio que impossível no momento não criar uma certa ojeriza em relação as pessoas (ou pessoa) que foi até o fundo do poço com você e que agora quer ficar com a exclusividade da água e do balde... Mesmo sem que você distribua culpas por aí (afinal, a culpa é minha e eu a coloco em quem eu quiser como já diria Homer Simpson, rs). É difícil sair de algo que você ajudou a construir/destruir, que lhe consumiu mais do que dinheiro, lhe consumiu tempo, lhe consumiu vida, possibilidades, outros sonhos... E ainda por cima sair com as mãos abanando, ou até menos que isso... E em alguns casos, entregando pérolas aos porcos. Eu sei que é tudo bobagem... Eu sou a primeira a advogar que levem os anéis e deixem os dedos, exatamente por ter convivido a vida inteira com pessoas que não sabem ou souberam quando deixar as coisas pra trás... Nesse aspecto é como viver ao redor de dezenas de violonistas do Titanic mas... Quando é a sua hora de deixar partir, reconheço que é difícil. E saber que você vai ter que recomeçar do nada, do menos que nada, com mais de 30, com uma filha pra criar -- e saber que você vai ter que tirar dela o tempo para isso... Bem, não existe termo melhor... É foda... É mais do que foda... É supercalifragilisticexpialidocious foda!
Sempre quis criar meus bebês quando eu os tivesse. Não tenho planos de colocá-la em "escolhinhas" antes que ela saiba andar, falar, ir ao banheiro e reclamar da "tia" (para mim, com no mínimo 04 anos... Menos que isso é uma violência). Mas na minha visão perfeita, eu faria isso com algum colchão financeiro, com a liberdade de criar um negócio online com tempo, paciência e calma... Não como agora, que não há nenhum tempo para isso. Fiquei com sérias dúvidas se começaria uma nova iniciativa profissional antes ou depois de ela nascer. Optei por depois, para ter uma real ideia do tempo disponível o do que seria possível. Agora que já faz dois meses, eu vejo que por um lado foi acertado (tive períodos que qualquer atividade teria sido inviável) e por outro, triste -- estou profundamente consciente dos meus sem número de limitações atuais, e com sérias dores de cabeça sobre como vencê-las.
Não quero voltar para o mercado de trabalho tradicional. Quero criar minha filha, e tocar um negócio de casa -- por modesto que seja, e que ajude nas despesas de casa. Eu dei 15 anos da minha vida a essa ideia de "carreira e vida profissional" que vendem por aí... Fiz escolhas toscas, tive resultados pífios, cheguei ao fundo do poço financeiro e profissional. Nesse último ano, pensando e repensando a vida, aprendi muito sobre o que fiz de errado e do que não repetir, sobre como fazer as coisas da maneira correta (e pelos motivos corretos)... É uma pena que o FIES da Universidade da Vida tenha juros de cheque especial. O lado positivo (sim, eu ainda consigo ver algum) é que quando você está na barriga da "Fail Whale" como eu estou, as chances de ficar muito pior são quase inexistentes... Então tudo aquilo que você tinha medo de tentar por medo de parar no fundo do poço se torna uma opção... Afinal você já está lá.
Apesar de eu ser mais uma "Gates Girl" do que uma "Jobs Fan", a coisa se resume a mais ou menos isso:
"Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração."
Steve Jobs
Bem, fique com o clipe (que é mais bonito que o oficial) e com a música que embala sonos e sonhos por aqui.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
No seu e-mail, nessa manhã.
Recebi em um e-mail nessa manhã e resolvi compartilhar. Significa muito sobre o momento atual, e como ainda não consegui finalizar um post que abarque tudo, segue algo que está na cabeça há algum tempo... Essa revolta sobre o "Tá esperando pelo que?".
"Maybe you’re waitingFonte: aqui!
Waiting for the kid to grow up
Waiting for the debt to go down
Waiting for the weather to get better
Waiting for the conditions to improve
Waiting for the perfect girl, boy, man or woman
Waiting for the promotion
Waiting for permission
Waiting to be picked.
Waiting for the pain to stop.
Waiting until the time is just right"
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