Hoje foi um daqueles dias! Não cheio de estouros críticos, de som e fúria... Mas daqueles dias que você percebe que algumas coisas se prolongam bem mais do que deveriam e ainda fazem parte da sua vida como frutas podres... Então você percebe que você, e muitas das pessoas que conhece estão presas e pelo que parece destinadas a cometer os mesmos erros, de novo e de novo. E sente falta de não ter um "tapão" coletivo que possa distribuir em si e aos demais.
Hoje era o último dia para terminar o TCC... E eu sabia que não ia rolar. Não porque eu já sou muito de não levar os prazos em consideração (embora hoje em dia eu já saiba melhor que eu não tenho um problema com prazos, como eu acreditava por muito tempo -- eu tenho um problema com prazos de coisas que eu não queria fazer em primeiro lugar, de trabalhos acadêmicos, a domésticos, a corporativos) mas porque de 5 em 5 minutos eu estou em sites de grávidas, maternidade, mães empreendedoras etc. Então eu respirei fundo e fiz o que era possível -- me informei que é possível bombar uma vez na pós, pagar o valor de uma mensalidade para refazer o TCC e assim será... Do meu jeito, no meu prazo, com a qualidade que eu acho que deve ser feita e melhor: sem dividir o tempo entre ele e fantasmas. Daqui para a frente, é vida pra frente.
Estou com um novo jogo de prioridades -- prioridade número 01, ver a Lívia nascer saudável (e tentar convencer o pai dela que ela seria muito mais feliz se chamasse Olívia). Então como gestante obesa, fujo de qualquer coisa que possa fazer minha pressão aumentar -- e como essas coisas rotineiras de velhos trabalhos me aumentam a pressão, me enervam e me fazem ter vontade de gritar "CHEGA!", dar meia volta e nunca mais olhar para trás.
Prioridade número 02, como eu já havia tratado ontem, é ganhar dinheiro com propósitos. Nos últimos 10 anos eu trabalhei com Educação Corporativa, posso elaborar um diagnóstico de treinamento e plano de solução com pé nas costas, escrevo conteúdo sobre qualquer coisa que você me ofereça uma boa bibliografia, sei fazer roteiros bem legais e faço storyboards bonitinhos que já dão o trabalho 50% mastigado para os designers... Fazer isso é o simples resultado de habilidades adquiridas mas... Não significa porcaria nenhuma para mim. Estou cansada de lidar com contratantes que fazem treinamentos para compor cotas, com a profundidade de um pires e a relevância de um anúncio de caixa de pizza. Cansada de chefes travestidos de sócios que não sabem nem por onde começar mas sabem que o que quer que você faça está errado... Você deveria entregar duas vezes mais, três vezes melhor, com um sorriso no rosto, fazendo todos os envolvidos acreditarem que é possível, recebendo a metade e ainda vomitando arco-íris. E tudo isso por 1/3 do preço da concorrência (lucro é supérfluo).
Eu havia me dado um deadline para o fim do chororô, e era hoje... Dia das Bruxas, perfeito!!!
Não sei o que fazer da vida. Não tenho quase que a mínima ideia... Tudo que eu sei é que eu quero produzir coisas legais... Veja bem, coisas... Não prestar serviços. Eu já sou complicada demais para ficar me envolvendo na complicação alheia... Tem horas que eu penso em começar a fazer artesanato, tem hora que eu penso em escrever livros, tem horas que eu penso em desenhar estampas para objetos/roupas... Tudo sem a mínima ideia de viabilidade e de onde isso vai dar. Estou com um blog no forno há meses, que inicialmente estava pensado para falar de educação, dentro da minha experiência com treinamento... Mas não vai rolar... Não nesse formato pelo menos! Sou da área de comunicação, eu gosto de escrever, de ler, de ilustração, de cinema, de pensar em desenvolvimento levando tudo isso em consideração -- não quero essa caixinha de "tornando a vida das tias de RH mais fácil". Nada contra elas, cada um que ganhe a vida onde seu fogo interior lhe mandar mas... Não é a minha tribo. Estou aberta a descobrir se minha tribo faria bijouterias na praça da república ou tentaria dominar o mundo todas as noites, rs -- mas ainda não sei a resposta, e sei que não vou saber até colocar a mão na massa.
Tudo que sei? Que eu cansei de gente que vê o mundo pequeno e limitado... E fica colocando arreio na gente, cortando as asas e propondo soluções de vida pré-fabricadas. Pode ser que tudo o que eu estou pensando seja um fracasso... Mas pelo menos será um fracasso extraordinário!
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Burro... Onde foi que amarrei o meu?
Quinze minutos para escrever -- quinze minutos para começar Sangue Bom. Sim, uns 15 anos depois aconteceu de eu me apaixonar por uma novela das sete novamente... E como ela acaba essa semana, e me deixará orfã e com saudade de tempos que eu conseguia encontrar coisas como "Gilmore Girls" ou "Everwood" na TV, não posso perder o finalzinho.
Resolvi dar um olá porque faz muito tempo que não apareço por aqui -- tanto e mais tempo do que não apareço no "Sketchblock" por exemplo... Porque se você acompanha algo por lá, já deve saber da novidade -- que não é mais tão nova assim: estou grávida... De 06 meses agora. A graça é ter descoberto com quase 05 meses, como aquelas mulheres que aparecem no "Não sabia que estava grávida" do Discovery Home & Health. E, embora eu esteja muito feliz com a chegada da Lívia, ela não poderia estar chegando em hora mais complicada -- como a maioria dos filhos presentes do destino sempre chegam.
Eu tinha uma série de expectativas para quando tivesse um filho. Estaria casada (não "em uma união estável"), estaria morando na minha casa própria (não alugada), teria um carro na garagem para levar a filha para o pediatra/mercado/etc. quando fosse necessário... Não contando com meus motoristas das Mercedes e Alston... É por isso que dizem: "Crie codornas, mas não crie expectativas".
Se fosse também só a frustração das expectativas de ter, estava bom... O problema são as expectativas de ser. Esperava estar muito melhor resolvida, muito mais sábia, muito mais cheia de respostas, muito mais cheia de caminhos -- e se fosse possível, falhar menos do que com certeza irei falhar com essa menina linda (toda mãe sabe que será) que está vindo.
Tudo isso, no topo de alguém que tem 24 horas para terminar um TCC (nem me pergunte em que pontos estamos), que está desempregada e sem previsões de encontrar alguma coisa -- aida mais agora, nos 03 últimos meses de gravidez e com pelo menos mais 06 de maternidade intensa pela frente, que fica fazendo freelinhas que mal pagam as contas para a empresa que costumava chamar de "sua" na relação mais ambígua que poderia haver (porque embora as contas precisem ser pagas, o asco e o desânimo de lidar com os e-mails relativos a isso, as demandas, as bagagens que ficaram e a certeza que eu odeio a área num tanto hoje em dia que mal consigo fazer cara de interessada em reuniões).
Eu simplesmente não sei como eu vim parar aqui mas... Por essa menina, eu prometo fazer as coisas um pouco melhor dessa vez. Que tudo está como o Tiririca: pior que está, não fica.
Resolvi dar um olá porque faz muito tempo que não apareço por aqui -- tanto e mais tempo do que não apareço no "Sketchblock" por exemplo... Porque se você acompanha algo por lá, já deve saber da novidade -- que não é mais tão nova assim: estou grávida... De 06 meses agora. A graça é ter descoberto com quase 05 meses, como aquelas mulheres que aparecem no "Não sabia que estava grávida" do Discovery Home & Health. E, embora eu esteja muito feliz com a chegada da Lívia, ela não poderia estar chegando em hora mais complicada -- como a maioria dos filhos presentes do destino sempre chegam.
Eu tinha uma série de expectativas para quando tivesse um filho. Estaria casada (não "em uma união estável"), estaria morando na minha casa própria (não alugada), teria um carro na garagem para levar a filha para o pediatra/mercado/etc. quando fosse necessário... Não contando com meus motoristas das Mercedes e Alston... É por isso que dizem: "Crie codornas, mas não crie expectativas".
Se fosse também só a frustração das expectativas de ter, estava bom... O problema são as expectativas de ser. Esperava estar muito melhor resolvida, muito mais sábia, muito mais cheia de respostas, muito mais cheia de caminhos -- e se fosse possível, falhar menos do que com certeza irei falhar com essa menina linda (toda mãe sabe que será) que está vindo.
Tudo isso, no topo de alguém que tem 24 horas para terminar um TCC (nem me pergunte em que pontos estamos), que está desempregada e sem previsões de encontrar alguma coisa -- aida mais agora, nos 03 últimos meses de gravidez e com pelo menos mais 06 de maternidade intensa pela frente, que fica fazendo freelinhas que mal pagam as contas para a empresa que costumava chamar de "sua" na relação mais ambígua que poderia haver (porque embora as contas precisem ser pagas, o asco e o desânimo de lidar com os e-mails relativos a isso, as demandas, as bagagens que ficaram e a certeza que eu odeio a área num tanto hoje em dia que mal consigo fazer cara de interessada em reuniões).
Eu simplesmente não sei como eu vim parar aqui mas... Por essa menina, eu prometo fazer as coisas um pouco melhor dessa vez. Que tudo está como o Tiririca: pior que está, não fica.
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