Quanto mais eu penso, mais eu chego a conclusão que deveria pensar menos e fazer mais -- bem mais. Estava lembrando quando eu tinha uns 07, 08 anos e ficava pentelhando minha mãe com a minha teoria recém plasmada (toda criança acha, sem saber o nome, que é o filósofo mais brilhante que o planeta terra já viu) de que eram os adultos que nos faziam medrosos. Minha teoria era simples assim: as crianças nasciam brilhantes e determinadas, e de tanto ouvir bobagens adultas ("Você vai cair", "Você vai se machucar", "Isso não vai dar certo") ficavam cheia de receios e acabavam medrosas. Embora eu tenha certeza de que esse é o tipo de teoria que minha mãe não deve ter dado 30 segundos de atenção (é o que acontece quando você não para de falar da Xuxa, do Bozo e mete essas coisas no meio), não posso deixar de notar um certo orgulho em relação a minha eu-pequena-filosofa. Ponto pra você pequenina... E saudade de você, pra caramba mesmo!
Primavera está chegando... Dizem que é tempo de renovação -- eu não queria renovação, queria recuperação. Eu queria recuperar essa menina sem noção que não sabia muito mas que acreditava poder fazer várias coisas, e fazia várias delas. Essa versão grande dela se deixa envolver por diversos pensamentos "E se..." que paralisam, e quando percebe, deixou muito tempo passar. Não consigo perdoar essa parálise não de falta de objetivos, mas de falta de foco, coragem, perseverança. Gostava da época em que eu escutava a frase "E se eles acharem que eu não sou bom o suficiente, acho que eu não suportaria esse tipo de rejeição" e dava risada -- não agora que ela é quase um mantra.
Acho que eu estava mesmo certa... Você nasce um leão a lá "Crônicas de Nárnia" e acaba se tornando um a lá "Magico de Oz".
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