Lindo não é mesmo? Em um mundo perfeito, em um universo alternativo a lá Fringe, deve ser exatamente o que aconteceu. Nesse, simplesmente não foi assim.
Algumas pessoas tem o privilégio de ter inimigos externos. Elas sabem que seus problemas estão lá fora e que seu inferno são os outros. Eu sei que não é bem assim. Vejo meu inferno no espelho todo dia pela manhã. Meus maiores inimigos são meus próprios hábitos em desacordo com o que eu quero da vida. E mudar hábitos é um trabalhinho do demônio.
Existem 04 áreas principais que tem me chamado a atenção ultimamente:
- Finanças;
- Saúde (peso);
- Produtividade (ou a falta dela); e
- Organização (ou sua inexistência).
Por conta disso, eu resolvi lançar um desafio para mim: um desafio de 12 meses com foco dedicado nessas quatro áreas para tomar consciência, criar novos hábitos e melhorar minha vida - afinal de contas, se a coisa fosse só experiência pela experiência, eu é que deveria ser cientista, não o marido.
Recentemente enquanto eu olhava e revia diferentes setores da minha vida eu cheguei a conclusão que boa parte de tudo o que acontece na minha vida tem apenas uma causa: falta de consciência. Para alguém com aspirações budistas essa conclusão é quase engraçada. Eu gasto mais do que posso porque não tenho um controle mensal do quanto posso gastar; eu como mais do que devo porque na verdade eu não tenho ideia do quanto eu estou comendo. Eu deixo deadlines estourarem e a casa ficar de cabeça para baixo e quando isso acontece eu percebo que é tudo porque eu simplesmente não tenho um processo de execução constante para as pequenas coisas - seja para capturar as demandas, seja o costume de fazer um pouco por dia. Os dias passam, as coisas se acumulam e eu simplesmente não percebo.
Nesse final de semana por exemplo: eu tenho muito trabalho para ele e não sei por onde começar - já cutuquei várias coisas e não conclui absolutamente nada. Eu posso dar desculpas verdadeiras (como a dor de cabeça e a dor de garganta me distraíram) mas não muda o fato de que as coisas não foram feitas e de que eu preciso lidar com isso - e com as consequências disso.
Acho que agora o que eu preciso é focar na solução - 12 meses, 12 desafios para melhorar a vida, descobrir mais sobre mim e orientar mudanças. Quem quiser dar muita risada com a desgraça alheia, está convidado a acompanhar as coisas nos próximos meses.
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